19 de março de 2014

Crônica da Lia


Nascer, imaginar, realizar
Fim de tarde olhando pela janela lembrei-me de algo ou seria ao certo de alguém. Minha bisavó sempre falava: Conselheiro... Conselheiro... Se estivesses aqui tudo seria diferente.

Mas quem seria Conselheiro? Seria algum personagem fictício? Seria um herói como aqueles que veem nos filmes? Não sabia ao certo. Mas aquele olhar de minha bisavó me enchia de curiosidade. Quando sentamos na sala de sua casa, ela começou a falar sobre Conselheiro, sua fala calma, dificuldades e pausas constantes, causas de sua nobre idade. Soletrava seu nome, como se estivesse cantando sua música favorita; Antônio Vicente Mendes Maciel...

Dizia ela, que ele foi alguém que lutou pelos seus princípios, por pessoas que não tinham voz. Alguém, que desde a sua juventude sentiu as injustiças praticadas contra o povo pobre do sertão e cresceu nele uma vontade de mudar tudo aquilo. Nossa! Sua fé era imensa.

Ouvi-la sussurrar algo sobre guerra; Canudos... Canudos...Sua voz já aparentava sinais de exaustão, seus olhos se encheram de lágrimas, pude compreender que Conselheiro foi um dos principais personagens de uma guerra; uma das maiores. Pude imaginar os destroços. Vi ali, pessoas inocentes mortas, que apenas queriam lutar por igualdade.

Organizei as lembranças de meu cotidiano e percebi que o objetivo de Conselheiro era mudar a desigualdade entre as pessoas. Queria eu ter as palavras mais belas, as formas mais lindas de escrever a tremenda importância que teve e ainda tem esse filho ilustre de Quixeramobim, o qual nasceu, viveu e realizou por muito tempo as suas ideias.

Lia Danndara
9º Ano B

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