Fim de tarde olhando
pela janela lembrei-me de algo ou seria ao certo de alguém. Minha bisavó sempre
falava: Conselheiro... Conselheiro... Se estivesses aqui tudo seria diferente.
Mas quem seria
Conselheiro? Seria algum personagem fictício? Seria um herói como aqueles que veem
nos filmes? Não sabia ao certo. Mas aquele olhar de minha bisavó me enchia de
curiosidade. Quando sentamos na sala de sua casa, ela começou a falar sobre Conselheiro,
sua fala calma, dificuldades e pausas constantes, causas de sua nobre idade.
Soletrava seu nome, como se estivesse cantando sua música favorita; Antônio
Vicente Mendes Maciel...
Dizia ela, que ele
foi alguém que lutou pelos seus princípios, por pessoas que não tinham voz.
Alguém, que desde a sua juventude sentiu as injustiças praticadas contra o povo
pobre do sertão e cresceu nele uma vontade de mudar tudo aquilo. Nossa! Sua fé
era imensa.
Ouvi-la sussurrar
algo sobre guerra; Canudos... Canudos...Sua voz já aparentava sinais de
exaustão, seus olhos se encheram de lágrimas, pude compreender que Conselheiro
foi um dos principais personagens de uma guerra; uma das maiores. Pude imaginar
os destroços. Vi ali, pessoas inocentes mortas, que apenas queriam lutar por
igualdade.
Organizei as
lembranças de meu cotidiano e percebi que o objetivo de Conselheiro era mudar a
desigualdade entre as pessoas. Queria eu ter as palavras mais belas, as formas
mais lindas de escrever a tremenda importância que teve e ainda tem esse filho
ilustre de Quixeramobim, o qual nasceu, viveu e realizou por muito tempo as
suas ideias.
Lia Danndara
9º Ano B
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